sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

MISTERIOS EGIPCIOS – AMUMIFICAÇÃO

 

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RAMSES II

 

“Em 1980, por ordem do então presidente egípcio Anuar Sadat, todas as mú-mias que se encontravam expostas para visitação pública deixaram de ser exibidas. Ele achava que a exibição dos restos mortais atentava contra a dignidade dos monarcas do Nilo. Sadat foi assassinado em 1981, mas a proibição continuou até 1º de março de 1994 quando 11 múmias famosas foram novamente expostas ao público. Nesse entretempo foram devidamente restauradas e, as que estavam nuas como esta do faraó Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.), envoltas em lençóis. Quando a múmia deste faraó foi restaurada, o microscópio eletrônico revelou que as faixas de linho que envolviam o cadáver haviam estado em contato com flores e vegetais diversos durante os funerais. Estudando-se o pólen das flores concluiu-se que o enterro aconteceu na primavera. Foram encontrados vestígios de tabaco, vegetal que até então desconhecia-se existir no Egito faraônico.”

Cabe acrescentar que o tabaco é uma planta originaria das americas, que foi levada a europa no sec XVI da nossa era. O que nos faz refletir sobre como os egípcios o obtinha.

 

AGAPHE 21.’.

domingo, 13 de novembro de 2011

O Guerreiro

GUERREIRO

 

Oh, guerreiro. De tuas mãos ainda escorrem o sangue

Dos últimos mortos pelo violento toque de sua espada

Tua respiração ainda ofegante, não lhe deixa pensar.

Inebriado, o cheiro de sangue ao cérebro lhe sobe.

 

 

A visão, ainda turva, manchada de vermelho.

Com sua língua, impulsivamente, sem pensar

Recolhe o liquido que escorre em seus lábios.

Um grosso, e quente liquido com gosto de ferro,

 

 

Como o pesado ferro que ainda em sua destra sustenta.

A brutalidade, ainda em mente, a pele endurecida nada sente,

Mas sua visão, através do véu vermelho que escorre

Em seus olhos vê o impossível, a ondulação do sangue

 

 

Ou um corpo esguio, ou vê ambos? Veja a si mesmo!

É ela, a filha dos Deuses, Walkiria? Estará morto?

Mas ela trás seu presente para aquele que morre em si

O frio do metal que o toca, é trocado por seu quente corpo.

 

 

Ainda, sem pensar, ainda instintivo e brutal, apenas

Reflexos da batalha recém travada. Corre até ela

Como uma besta faminta, sedento quer devorar-la…

 

 

A Deusa lhe cobre com seu vermelho véu

A espada penetra na carne, e o liquido da vida,

O calor do espírito se move e os eleva ao céu.

 

Fr Gemini.’.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Revolução de Belzebu

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A descrição da Revolução de Belzebu - "Os Irmãos Maiores o abraçaram com lágrimas nos olhos. Todos regozijavam-se entre si e ouviu-se uma marcha triunfal e deliciosa, com suas inefáveis melodias nos céus estrelados de Urânia.

“É que há mais alegria no céu por um pecador que se arrepende que por mil justos que não necessitam de arrependimento.”

Logo, de joelhos, prostrei-me ante o Hierarca mais poderoso do cosmo, chamado pelos tibetanos “A Mãe de Misericórdia”, ou, a Voz Melodiosa OEAOEH.

Este é o Único Criado, o Grande Verbo Universal da Vida, cujo corpo são todos os sons que se produzem no Infinito.

Sua beleza é inefável, leva uma coroa de três picos, e sua longuíssima capa é transportada pelos Elohim.

E roguei ao Único Engendrado que tivesse Belzebu junto, para que lhe regulasse a Kundalini.

A Kundalini de Belzebu fluía para baixo formando o rabo do demônio. Agora tocava ao Único Engendrado subir-lhe até a cabeça para que se convertesse em anjo. O Mestre aceitou meu pedido e naquele plano de luz diamantina colocou Belzebu dentro de um resplandecente

jardim e entregou-lhe um livro cósmico para que o estudasse e instruí-lo no sendeiro da luz, e encheu-o de Átomos de Sabedoria.

Mais tarde fiz Belzebu reviver toda a sua vida, através dos quatro grandes Períodos cósmicos, e mostrei-lhe o belo porvir que lhe aguardava se seguisse pelo luminoso sendeiro, e Belzebu, ao se ver já feito hierarca do futuro, perguntou-me: “Isto será rápido?” Respondi-lhe afirmativamente.

Quando já havia revivido tudo isso, chegou ao Único Filho, dizendo: “Venho com a alma transformada”, e o Mestre continuou ajudando-o, e a Kundalini subiu, desaparecendo a cauda do demônio.

Porém, os chifres continuavam sobre a fronte porque os chifres são do Guardião do Umbral e ele estava estreitamente fusionado com o Guardião do Umbral.

Essa besta interna era realmente um obstáculo terrível para sua evolução e havia a necessidade de que ele a expulsasse para livrar-se desse monstro interno que desde idades inumeráveis o tinha escravizado.

Esse monstro interno havia-se assenhorado de sua vontade, de seu pensamento, de sua consciência e de tudo. Era necessário expulsá-lo de seu ser para realizar um rápido progresso interno.

Foi então quando o levei ao astral para sujeitá-lo na Primeira Prova Iniciática, pela qual todo aquele que quiser chegar à Iniciação tem que passar irremediavelmente. Esta é a Prova do Guardião do Umbral.

Ao se invocar o monstro, este sai e lança-se ameaçadoramente sobre nós.

Belzebu chamou-o várias vezes. Uma brisa horrível soprava por todas as partes. Então, apareceu o Espectro do Umbral em forma terrível e ameaçadora.

Aquele ser era um gigante de três metros de estatura e dois de espessura. Tinha a aparência de um gorila monstruoso, de rosto chato e redondo, com chifres e olhos saltados.

Belzebu o havia fortificado através dos tempos e agora não lhe restava outro remédio senão combatê-lo; assim, pois, Belzebu lançou-se valorosamente sobre o monstro e o pôs em derrota.

Esse era o monstro que dava a Belzebu essa horrível aparência de gorila, essa era a Besta do Umbral. Um ruído “seco” ressoou no espaço. Este som é distinto do som metálico que se

produz em casos similares com nossos discípulos atuais. É que Belzebu é de outro Período mundial.

Foi recebido no Salão dos Meninos com grande festa e música deliciosa, e ficou convertido em discípulo dos Irmãos Maiores. "

 

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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

IMPORTANTE PARA LOS ESTUDIANTES – El ocultismo en oposición a las artes ocultas

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Hay muchos que ansían instrucciones prácticas de Ocultismo; y, por lo tanto, es necesario dejar sentado de una vez para siempre:


1) La especial diferencia entre el Ocultismo teórico o Teosofía y el Ocultismo práctico o Ciencias Ocultas.

 


2) La índole de las dificultades que entraña el estudio del Ocultismo práctico.

 


Es muy fácil ser teósofo, pues puede serlo cualquiera de medianas facultades intelectuales, aficionado a la metafísica, de conducta pura e inegoísta, que mayormente se goza en prestar que en recibir auxilio, que siempre está dispuesto a privarse de su gusto en bien de los demás, y sea amante de la verdad, la bondad y la sabiduría en sí mismas y no por el provecho que prometan allegar.

 


Pero muy distinto es entrar en el sendero que conduce al conocimiento de lo que debe hacerse, discerniendo acertadamente entre el bien y el mal; y también conduce al hombre al punto en que le es posible hacer cuanto bien desea, sin ni siquiera a veces levantar en apariencia un dedo de la mano.

 


Además, hay un importante hecho que le conviene conocer al estudiante, y es la enorme y casi ilimitada responsabilidad asumida por el instructor en beneficio del discípulo.

 


Desde los gurús orientales hasta los pocos cabalistas de países occidentales que enseñan los rudimentos de la ciencia sagrada, ignorantes muchas veces del riesgo a que se exponen, todos los instructores están sujetos a la misma ley inviolable. En cuanto empiezan a enseñar de veras y confieren tal o cual poder o facultad a sus discípulos, sea de índole física, psíquica o mental, cargan sobre sus hombros todos los pecados del discípulo, ya de omisión, ya de comisión, que se refieren a las ciencias ocultas, hasta el momento en que el discípulo llega a Maestro, y es directamente responsable. Hay una mística y fatal ley religiosa que reverencian y observan los cristianos de la Iglesia griega, que tienen medio olvidada los de la romana y está absolutamente abolida entre los protestantes.

 


Data de los primeros días del Cristianismo, y es símbolo y expresión de aquella otra ley oculta a que antes nos referimos acerca de las relaciones entre Maestro y discípulo.

 


Consiste en que el padrino y la madrina de la criatura en las fuentes bautismales contraen parentesco espiritual entre sí y con su ahijado (1).

 


Los padrinos toman tácitamente sobre sí todos los pecados del ahijado (2) hasta que éste tiene uso de razón para conocer el bien y el mal, y es responsable de sus actos. Esto explica por qué los Maestros son tan escrupulosos, y por qué a los discípulos se les exigen siete años de prueba para demostrar su aptitud y adquirir las cualidades requeridas por la seguridad de Maestro y discípulo.

 


El Ocultismo no es magia. Resulta relativamente más fácil aprender las artimañas del hechizo y los procedimientos para valerse de las sutiles pero todavía materiales fuerzas de la naturaleza física, porque muy luego se despiertan las potencias del alma animal del hombre y prontamente se desarrollan las energías actualizadas por su amor, su odio y sus pasiones. Pero esto es magia negra o hechicería, pues únicamente del motivo depende que el ejercicio de una facultad sea maligno y negra magia o bien magia blanca y provechoso. Cuando en el actuante queda la más leve huella de egoísmo, no es posible utilizar las energías espirituales, porque la intención no es absolutamente sincera, y la energía espiritual se transmutará en psíquica, obrando en el plano astral con tal vez funestos resultados.

 


Las potencias y energías de la naturaleza animal, lo mismo puede utilizarlas el egoísta y vengativo, que el abnegado e indulgente. Las potencias y energías del espíritu sólo cederán al manejo de quien tenga perfectamente puro el corazón. Esto es magia divina.

 


Así pues, ¿qué condiciones se requieren para ser estudiante de la Sabiduría divina?

 


Porque conviene advertir que no es posible instrucción alguna sobre este punto a menos que durante los años de estudio se satisfagan y rigurosamente se cumplan determinadas condiciones. Éste es un requisito indispensable y sine qua non. Nadie sabrá nadar si no se arriesga en aguas profundas.

 


Ninguna ave puede volar antes que le crezcan las alas y disponga de espacio para moverlas y de valor para lanzarse al aire. Quien quiera manejar una espada de dos filos debe saber esgrimir a la perfección el florete para no herirse, o lo que es peor, dañar a otros al primer intento.

 


Todo instructor oriental posee "reglas privadas" con el objeto de facilitar con toda seguridad el estudio de la Sabiduría divina; y esto dará aproximada idea de las condiciones en que se ha de proseguir dicho estudio, para que la magia divina no se invierta en magia negra. Los pasajes siguientes están escogidos de entre gran número de ellos y se continúa su explicación entre paréntesis:

 


l) El lugar elegido para recibir instrucción debe ser tal, que no se distraiga la mente y esté lleno de objetos magnéticos de "estimuladora influencia". Entre otras cosas, han de estar reunidos en un círculo los cinco colores sagrados. El lugar debe hallarse libre de toda influencia maligna que se cierna en el ambiente.
[El lugar ha de servir exclusivamente para la instrucción, y apartado de propósito. Los “colores sagrados" son los matices del espectro, dispuestos en determinado orden, pues son muy magnéticos. Por "influencias malignas" se entiende toda perturbación, disputa, altercado, malos sentimientos, etc., que se imprimen inmediatamente en la luz astral, esto es, en la atmósfera del lugar y se difunden "por el aire". Esta primera condición parece a primera vista muy fácil de cumplir, pero bien considerada resulta una de las más difíciles de obtener.]

 


2) Antes que se le permita al discípulo estudiar "cara a cara", ha de adquirir conocimientos preliminares en una selecta compañía de otros discípulos legos
(upasakqs), cuyo número necesariamente debe ser impar.

 


[“Cara a cara" significa en este caso un estudio independiente o separado de los demás;
cuando el discípulo adquiere la instrucción cara a cara de sí mismo (su divino YO superior) o de su gurú. Entonces recibe cada cual su debida información según el uso que haya hecho del conocimiento recibido. Esto sólo puede acaecer al término del ciclo de instrucción.]

 


3) Antes que tú (el instructor) comuniques a tu lanú (discípulo) las buenas (santas) palabras del LAMRIN, o le permitas "disponerse" para Dubjed, debes tener cuidado de que su mente esté por completo purificada y en paz con todos, en especial con sus otros Yoes. De la contrario las palabras de Sabiduría y de la buena Ley se dispersarán arrastradas por los vientos. ["Lamrin" es un tratado de instrucciones prácticas escrito por Tson-kha-pa. Consta de dos partes: una, con fines eclesiásticos y exotéricos, y otra para uso esotérico. "Disponer" para Dubjed es preparar los objetos usados en la videncia, como espejos y cristales. Los "otros Yoes" se refieren a los condiscípulos. A menos que entre los estudiantes reine la mayor armonía, no será posible el éxito. El instructor ha de hacer la selección según las magnéticas y eléctricas naturalezas de los estudiantes, aproximando y ajustando con sumo cuidado los elementos positivo y negativo.]

 


4) Durante el estudio deben los upasakas mantenerse unidos como los dedos de la mano. Les enseñarás que todo cuanto perjudique a uno ha de perjudicar a los demás; y si lo que uno alegue no encuentra eco en el pecho de los demás, denotará que faltan las requeridas condiciones y será inútil seguir adelante.
[Difícilmente sucederá esto si la elección preliminar se hizo con los requisitos magnéticos. De otro modo, los discípulos, aunque parezcan aptos para recibir la verdad, habrán de esperar muchos años, a causa de su temperamento y de la imposibilidad que experimentan de ponerse en armonía con sus compañeros.]

 


5) El gurú debe armonizar a los condiscípulos como si fueran cuerdas de un laúd (vina), que, aunque cada una distinta de las demás, emiten concertados sonidos. Colectivamente constituyen un teclado que responde en todas sus partes al más ligero toque (el toque del Maestro). Así sus mentes se abrirán a las armonías de la Sabiduría, vibrando en modulaciones de conocimiento en todas y en cada una de ellas, con efectos placenteros para los dioses que presiden (ángeles tutelares o custodios) y provecho para el discípulo. También así quedará la Sabiduría por siempre impresa en sus corazones, sin que jamás se quebrante la armonía de la ley.

 


6) Quienes deseen adquirir el conocimiento que conduce a lo siddhis (poderes ocultos) han de renunciar a todas las vanidades del mundo y de la vida. (Aquí sigue la enumeración de los siddhis)

 


7) Nadie puede continuar siendo upasaka si se cree diferente de sus condiscípulos y superior a ellos diciendo: "Soy el más sabio", "Soy el más santo, y más grato al Maestro o a mi comunidad que mi hermano", etc. Los pensamientos del upasaka han de estar predominantemente fijos sobre su corazón, eliminando de él todo pensamiento hostil a cualquier ser viviente, y llenándolo del sentimiento de su unidad con los demás seres y con todo cuanto en la naturaleza existe. De lo contrario, no es posible el éxito.

 

8) Un.Lanú (discípulo) sólo ha de rehuir las influencias externas (las emanaciones magnéticas de las criaturas vivientes). Por lo tanto, aunque en unidad con todo en su interna naturaleza, ha de tener cuidado de apartar su cuerpo externo de toda influencia extraña. Nadie sino él ha de comer en su plato y beber en su vaso.
Debe evitar el contacto corporal (esto es, tocar o que lo toquen) con seres humanos o con animales.
[Ni siquiera se permite tener animales domésticos, como perros, gatos, canarios, etc., ni tampoco tocar ciertos árboles y plantas. El discípulo ha de vivir, por decirlo así, en su propia atmósfera, a fin de individualizarla con ocultistas propósitos].

 


9) La mente debe permanecer embotada para todo menos para las universales verdades de la naturaleza, so pena de que la "Doctrina del Corazón" se reduzca a la escueta "Doctrina del Ojo" (esto es, el vano ritualismo exotérico) .

 


10) El discípulo no debe tomar alimentos de índole animal, ni nada que tenga vida. Tampoco ha de beber vino ni licores, ni usar opio, pues todas estas cosas son como los espíritus malignos (lhamayin) que se aferran al incauto y devoran el entendimiento.
[El vino y los licores conservan y contienen el siniestro magnetismo de cuantas personas contribuyen a elaborarlos. La carne conserva las características psíquicas del animal de que procede.]

 


11) Los medios más eficaces de adquirir conocimiento y disponerse a recibir la sabiduría superior son la meditación, la abstinencia, el cumplimiento de los deberes morales, los pensamientos apacibles, las palabras amables, las buenas acciones y la benevolencia hacia todo, con entero olvido de sí mismo.

 


12) Únicamente por la observancia de las regIas anteriores puede esperar el lanú la adquisición, a su debido tiempo, de los siddhis de los arhates, cuyo desenvolvimiento lo conducirá gradualmente a la unidad con el Todo Universal.


Estos doce pasajes están entresacados de unas 73 reglas cuya enumeración resultaría inútil, porque ningún significado tendrían en Europa.


Sin embargo, por pocos que sean, bastan para indicar las inmensas dificultades con que en su sendero ha de tropezar el aspirante a upasaka, nacido y educado en países occidentales.(3)


Todos los métodos de educación en Occidente, y más todavía en Inglaterra, se apoyan en el principio de emulación y porfía. A cada educando se lo excita a aprender más rápidamente, adelantar a sus compañeros y sobrepujarlos en todo lo posible. Se cultiva asiduamente la equivocadamente llamada "rivalidad amistosa", y este mismo espíritu se alimenta y vigoriza en todas las modalidades de la vida. Con tales ideas, inculcadas desde su niñez, ¿ cómo puede relacionarse un occidental con sus discípulos "como lo están los dedos de la mano"? Además, aquellos condiscípulos no son de su. propia elecci6n, o escogidos por él, llevado de personal simpatía y estimación. Los escoge su instructor en muy distintos puntos, y quien desee ser estudiante debe tener primero la fortaleza suficiente para matar en su corazón todo sentimiento de aversión y antipatía hacia los demás. ¿ Cómo pueden los occidentales ser capaces ni siquiera de intentar esto ardientemente?

Por otra parte, los pormenores de la conducta diaria y la prescripción de no tocar ni aun la mano de las personas más íntimas y queridas, ¡cuán opuestos son a las ideas occidentales sobre el afecto y los buenos sentimientos! ¡Cuán frío y duro parece todo ello! Habrá quien tilde de egoísmo de abstenerse de complacer al prójimo, a fin de progresar uno mismo. A los que así opinen, dejémoslos que difieran hasta otra encarnación el intento de entrar fervorosamente en el sendero. Sin embargo, no consintamos que se jacten de su imaginario inegoísmo, pues en realidad les engañan las  apariencias y convencionalismos basados en las emotivas efusiones de la llamada cortesía, que pertenecen a la vida ficticia y no a los dictados de la verdad.


Pero aun prescindiendo de estas dificultades, que cabe considerar como "externas", si bien no deja de ser grande su importancia, ¿cómo podrán los estudiantes occidentales encuadrarse en la requerida armonía ? En Europa y América es la personalidad tan vigorosa, que cuantos profesan las letras o las artes se envidian y aun se odian mutuamente. El odio y la envidia entre los de una misma profesión han llegado a ser proverbiales, y los hombres procuran lucrar a toda costa, hasta el punto que los modales urbanos y la cortesía social no son más que una hipócrita máscara de los demonios del odio y de la envidia. En Oriente, el espíritu de la inseparabilidad se le inculca a la niñez con tanta firmeza como en Occidente el espíritu de la rivalidad.


Allí no se fomenta la ambición personal ni los sentimientos y deseos egoístas. Cuando el terreno es naturalmente fértil, se cultiva en debida forma, de suerte que el niño, al llegar a hombre, está acostumbrado vigorosa y potentemente a subordinar el yo inferior al Yo superior. En Occidente predomina la creencia de que el principio guiador de la conducta es el gusto y disgusto que inspiren los demás hombres y cosas, aunque no lleguen a convertir dicho principio en norma de vida ni traten de imponerlo a nadie.

Quienes se quejan de haber aprendido poco en la Sociedad Teosófica, fijen su atención en la siguiente sentencia entresacada de un artículo publicado en la revista Path, de febrero de 1888:

 


"En cada uno de los grados, la clave está en el mismo aspirante." No es "el temor de Dios" el principio de la Sabiduría, sino que el conocimiento del Yo es la Sabiduría misma. Al estudiante de Ocultismo que ya practica alguna de las reglas precedentes, se le representa, grande y verdadera, la respuesta del oráculo de Delfos a todos cuantos anhelaban oculta sabiduría, y que el sabio Sócrates repitió corroborándola varias veces:


HOMBRE, CONÓCETE A TI MISMO.

 

Introdução de: OCULTISMO PRÁCTICO - Helena P. Blavatsky

Postado por FR Gemini .’.

domingo, 25 de setembro de 2011

AMOR PRÓPRIO

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Um mendigo dos arredores de Madri esmolava nobremente. Disse-lhe um transeunte:
- O sr. não tem vergonha de se dedicar a mister tão infame, quando podia trabalhar?
- Senhor, - respondeu o pedinte - estou lhe pedindo dinheiro e não conselhos. - E com toda a dignidade castelhana virou-lhe as costas.
Era um mendigo soberbo. Um nada lhe feria a vaidade. Pedia esmola por amor de si mesmo, e por amor de si mesmo não suportava reprimendas.


Viajando pela Índia, topou um missionário com um faquir carregado de cadeias, nu como um macaco, deitado sobre o ventre e deixando-se chicotear em resgate dos pecados de seus patrícios hindus, que lhe davam algumas moedas do país.
- Que renúncia de si próprio! - dizia um dos espectadores.
- Renúncia de mim próprio? - retorquiu o faquir. - Ficai sabendo que não me deixo açoitar neste mundo senão para vos retribuir no outro. Quando fordes cavalo e eu cavaleiro.

 

Tiveram pois plena razão os que disseram ser o amor de nós mesmos a base de todos as nossas ações - na Índia, na Espanha como em toda a terra habitável.
Supérfluo é provar aos homens que têm rosto. Supérfluo também seria demonstrar-lhes possuírem amor próprio. O amor próprio é o instrumento da nossa conservação. Assemelha-se ao instrumento da perpetuação da espécie. Necessitamo-lo. É-nos caro. Deleita-nos - E cumpre ocultá-lo.

 

- Dicionario Filosofico – Voltaire

3 Requisitos para o Auto-conhecimento - Blavatsky

NARCISO

 

A primeira necessidade para obter-se conhecimento é tornar-se profundamente consciente da ignorância; sentir com cada fibra do coração que se é incessantemente auto-iludido.

O segundo requisito é a convicção ainda mais profunda de que tal conhecimento — tal conhecimento intuitivo e certo — pode ser obtido com esforço.

O terceiro e mais importante é uma indomável determinação de obter e confrontar este conhecimento.

Este auto-conhecimento não é obtido pelo que o homem usualmente chama de "auto-análise". Não é alcançado pelo raciocínio ou qualquer processo mental; pois é o despertar para a consciência da natureza Divina do homem.

Obter tal conhecimento é um feito maior do que dominar os elementos ou conhecer o futuro.

 

[Lúcifer, vol. I, no 2, outubro, 1887, p. 89]

[Autoria algo incerta, mas provavelmente de H.P.B.]

sábado, 17 de setembro de 2011

O Choro de Sansara

 

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La vem ela majestosa a dançar

Dor, sofrimento, com paços delicados

Flutuando com gestos ondulados

Como uma estrela a girar

 

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Vejo sobre uma nuvem de fumaça

Uma criança linda eternamente a girar

É Sansara, em sua louca dança

A louca dança que a todos faz chorar

 

Ela não entende, ela não irá parar

Estou preso, e ela a me amar

É o estranho amor dos deuses,

A sombra que a todos cobrirá

 

Não te querer é não te amar

Oh! Sansara o que te fará,

O que fará você parar de dançar?

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Seu giro, sua dança frenética

Nesse triste e obscuro vale

No amargo, e belo, rio de lagrima

Que todos temos que atravessar

 

Mas o que, doce menina, queres?

Deste amontoado de bizarros seres

Quem o teu poderoso circulo mágico

Poderá, romper?

 

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Por que não te querer é não te amar

Oh! Sansara o que te fará,

O que fará você parar de dançar?

 

Fr Gemini 21.’.

O que é Gnosis? Por: Samael Aun Weor

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O Autoconhecimento é a base fundamental sobre a qual se sustenta o Trabalho Esotérico Gnóstico. Vejamos o que nos diz a respeito, o filósofo contemporâneo Samael Aun Weor:

 

“Como os estudos gnósticos progrediram extraordinariamente nesses últimos tempos, nenhuma pessoa culta cairia hoje, como outrora, no erro simplista de fazer surgir as correntes gnósticas de alguma única latitude espiritual”.

 

“Embora seja certo que devamos levar em consideração em qualquer sistema gnóstico, seus elementos helenísticos orientais, incluindo Pérsia, Mesopotâmia, Síria, Índia, Palestina, Egipto, etc., nunca deveríamos ignorar os princípios gnósticos perceptíveis nos (...) Nahuas, Toltecas, Astecas, Zapotecas, Maias, Chibchas, Incas, Quéchuas, etc, da Indo América”.

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“Falando francamente e sem rodeios, diremos: “A Gnosis é uma função bastante natural da consciência, uma ‘philosophia perennis et universalis’. (...)”. “A palavra Gnosticismo encerra dentro de sua estrutura gramatical a idéia de sistemas ou correntes dedicadas ao estudo da Gnosis”. “Este Gnosticismo implica em uma série coerente, clara, precisa de elementos fundamentais verificáveis mediante a experiência mística direta. (...)”.

 

“Não é demais, neste tratado, esclarecer de forma enfática que o Gnosticismo é um processo religioso muito íntimo, natural e profundo. Esoterismo autêntico de fundo, desenvolvendo-se de instante em instante, com vivências místicas muito particulares(...)”. “Doutrina extraordinária, que fundamentalmente adopta a forma mítica e, às vezes, mitológica”.

 

“Inquestionavelmente, o conhecimento gnóstico sempre escapa às normais análises do raciocínio subjectivo”. “O correlato deste conhecimento é a intimidade infinita da pessoa, o Ser. A razão de Ser do Ser é o próprio Ser. Somente o Ser pode conhecer a si mesmo. O Ser, portanto, se autoconhece na Gnosis”. “O Ser, revalorizando-se e conhecendo a si mesmo é a autognosis; indubitavelmente esta última é, em si mesma, a Gnosis”.

 

“O Autoconhecimento do Ser é um movimento supra-racional que depende dele, que nada tem a ver com o intelectualismo”. “O abismo que existe entre o Ser e o Eu é infranqueável e, por isto, o Pneuma, o Espírito, se reconhece e este reconhecimento é um ato autônomo para o qual a razão subjectiva do mamífero intelectual é ineficaz, insuficiente, terrivelmente pobre”. “Autoconhecimento, autognosis, implica na aniquilação do Eu como trabalho prévio, urgente, inadiável”. “O Eu, o Ego, está composto por somas e subtrações de elementos subjetivos, inumanos, bestiais, que, inquestionavelmente, têm um princípio e um fim”.

 

“A Essência, a Consciência, embutida, engarrafada, acondicionada entre os diversos elementos que constituem o Mim Mesmo, o Ego, desafortunadamente se processa dolorosamente em virtude de seu próprio condicionamento”. “Dissolvendo o Eu, a Essência, a Consciência, desperta, ilumina-se, liberta-se, então ocorre como conseqüência ou corolário, o autoconhecimento ou a autognosis(...)”.

 

“A inteligência, ou Nous, em seu sentido gnosiológico, embora possa servir de embasamento à intelecção iluminada, nega-se rotundamente a cair no vão intelectualismo”.

“São notórias e evidentes as características ontológicas, pneumáticas e espirituais de Nous (Inteligência)”. “Conhecer a si mesmo é ter alcançado a identificação com seu próprio Ser divinal(...)”.homemvitruviano

 

“A experiência gnóstica permite ao sincero devoto conhecer-se e auto-realizar-se completamente”. “Entenda-se por auto-realização o harmonioso desenvolvimento de todas as infinitas possibilidades humanas”. “Não se trata de dados intelectuais caprichosamente repartidos, nem mera conversa ambígua e sem conteúdo(...)”.

“A posse específica da Gnosis vai sempre acompanhada de certa atitude de estranheza frente a este mundo mayávico, ilusório”. “O gnóstico autêntico quer uma mudança definitiva, sente intimamente os secretos impulsos do Ser e daí a sua angústia, rejeição e embaraço diante dos diversos elementos inumanos que constituem o Eu(...)”.

 

“A Gnosis é revelação ou desvelação, aspiração refinada, sintetismo conceitual, máximas aquisições(...)”.

 

Samael Aun Weor

 

Retirado de: http://gnosisportugal.blogspot.com/

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O TANTRISMO E O CULTO À GRANDE MÃE

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Antes da invasão dos povos arianos, a região que eles chamaram de Aryavarta, atual Índia, esta era habitada por um povo de origem atlante que possuíam baixa estatura, pele moreno escura, conhecido como dravidos, sua cultura diferentemente da ariana, baseava-se na agricultura sua religião fundamentava-se no culto a Grande Mãe, sua organização social era o matriarcado.

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Em meio a esse povo, o culto a Grande Deusa, Mãe da natureza, dos deuses e dos homens, era mantido por sacerdotes e sacerdotisas, sendo estas últimas as grandes iniciadoras e Grã mestrinas dos Mistérios da Mãe, conhecidos como Tantrismo. Os adeptos do tantrismos, homens e mulheres, adoravam a Deusa, através de suas inúmeras formas e nomes, Durga a deusa da força, Lakshimi, deusa da beleza e da prosperidade, Sarasvati, Parvati, etc. todas elas expressando suas diferentes características, como projeções num prisma, de um princípio único, arquetípico, que se manifesta de inúmeras formas na face da terra, através de todas as mulheres, ou iniciaticamente falando da hierarquia dos Barishades. As mulheres, materializam através de suas características físicas e psicológicas os diversos aspectos da Divina Mãe.

 


Maha Kâli a Força Cósmica Entre todas as representações da Deusa, no panteon tântrico, sem dúvida nenhuma Kâli, ou Maha Kâli, a deusa negra, nua, exerce um papel central, para o Adepto do Tantrismo que a adora nas profundezas de seu próprio corpo, na escuridão de seu santuário mais sagrado. Porém, para os não iniciados, Kâli apresenta-se como uma figura horrenda, macabra, pois seus aspectos externos foram forjados, ao mesmo tempo para confundir e afastar os profanos e instruir os discípulos, sobre os Arcanos e Mistérios do Culto da Grande Mãe. Ela, Kâli, personifica a força cósmica que devora e destroi as ilusões e a mediocridade dos seres humanos, "Sua ferocidade aparente, só tem igual na verdade metafísica da mensagem de libertação que ela encarna e ensina aos seus fieis" (O Tantrismo - Michel Jean Varenne) Nua e Negra, Kâli não conhece diferenciação, encarnando a pura consciência, impenetrável, despojada das roupagens transitórias, ela se perpetua em meio a escuridão, sem nenhum condicionamento. Feche os olhos e a encontrará, na escuridão de seu próprio corpo. Seus seios generosos, expressão a doçura materna, o afeto instintivo, de uma mãe para com seus filhos, perdidos.

 


O colar de crânios, que ostenta simboliza as letras do alfabeto sânscrito, representando a totalidade do conhecimento, que ela oferece a seus seguidores. Sua basta cabeleira solta, significa a trama que envolve os seres mortais, que condena todos, que não a conhecem ao desaparecimento. Um cinto de mão decepadas, orna-lhe a cintura, para demonstrar que somente Kâli, pode nos livrar dos frutos kármicos, de nossas inumeráveis ações, através do acesso que a pura energia nos dá a consciência cósmica. Seus três olhos, representam o despertar da tríade superior, Atmã, Budhi e Manas que ela promove nos Adeptos. Seus dentes fulgurantes, dourados e sua língua vermelha, personificam a manipulação das energias, sattwica e tamasicas, ou seja, a manipulação do espirito e da matéria, onde o espirito é materializado e a matéria é espiritualizada, no verdadeiro sentido de solve et coagula, ou seja o dissolver e coagular dos alquimistas. Suas duas mãos esquerdas, uma das quais empunham uma espada, afirmam o inevitável extermínio de nossa forma física, animal, e também a destruição dos liames que nos acorrentam à matéria. Suas duas mãos direitas, nos levam a seguir com firmeza e coragem a via espiritual que conduz a libertação interior, a vitória sobre a morte física. Kâli, é a expressão de um Mistério Arcano oculto aos olhos dos não iniciados, que conduz a valores espirituais transcendentes, personifica a força última, constitui a introdução ritual indispensável ao principio da Shakti (energia). As sacerdotisas dravidas, despojavam a Deusa de todas os seus atributos externos, afim de obter a visão da energia impessoal, incondicionada, criadora e destruidora dos mundos. Uma das características dos Adeptos do Tantrismo, é a capacidade de despojar cada acontecimento, quer seja uma sensação física, uma emoção ou um terremoto, para reconhecer a energia, a Shakti, em ação, livre de toda a qualificação moral. A doutrina da Shakti, afirma que o mundo sem dúvida é Maya, ilusão, mas que ele é também a manifestação intempestiva da força, ou da Shakti. Ao invés dos vedantinos e budistas, que posteriormente, dotaram o conceito de Maya de uma interpretação profundamente abstrata e idealista, exacerbando seu aspecto ilusório, os dravidos, ressaltavam seu aspecto de ilusão gerada pela força da manifestação, que cria e destroi simultaneamente, chamando-a de Maya-Shakti, diziam que, "o conceito de força, para que se exerça na Sadhana, na prática, é um guia mais seguro do que a nebulosa idéia de espirito"(Tantra Tatwa). As sacerdotisas ensinavam aos discípulos, através dos símbolismo da dança dos sete véus, os segredos, do desvelamento de Ísis, ou de Maya-Shakti, cada véu representando um aspecto da ilusão que ocultava a força geradora de mundos, plasmadora das formas e doadora da vida. Sendo que ao discípulo é indispensável conhecer a força, afim de libertar-se integralmente de sua rede, sem tal conhecimento da natureza de Maya-Shakti, a libertação que se alcança, não passa da ilusão da libertação. Shakti é a força que transborda criando e destruindo as cegas, Maya é a ilusão da existência dos "eus" distintos do Todo, meros fantasmas criados por esta força, que precisa ser reconduzida a sua origem e reunida a consciência espiritual, ao Purusha. Desde que o Adepto realize nele este princípio, desde que a força extraviadora e extraviada, deixe de diluir-se nos fenômenos, nos fantasmas, na mera procriação de formas cada vez mais inconscientes, então como diz o Kulanarva Tantra, ai então, "o mundo de sansara (o mundo do sofrimento) se torna o próprio lugar de libertação". Maya-Shakti, é compreendida pelos Adeptos, como uma força desgarrada, inconsciente de si mesma, em movimento e em transformação constante, que deve ser conduzida a união com um polo de natureza impassível e serena, para o qual inevitavelmente a força se voltará enfim. Esse polo é Purusha, ou o espirito, impassível ante as manifestações da força reprodutora, reverenciado na figura masculina de Shiva, o impassível, aí então surge a manifestação da divindade andrógina, o deus e sua força, Shiva-Shakti, não mais Maya-Shakti, a força inconsciente geradora de miragens, mas a suprema personificação do divino, Pai-Mãe, Brahma, "a união em nós de Shiva, o impassível, e Shakti a devoradora, provoca a libertação dos fenômenos perturbadores e o gozo da realidade última".

tantra
O Deus vagabundo, andarilho, sem domicílio, dançando nos lugares de cremação, seminu com o corpo untado de cinzas, ornamentado com serpentes, utilizando a meia lua na fronte, que senta-se sobre a pele de tigre, empunhando seu tridente, ou que cavalga o touro, com seus olhos brilhantes sempre alheios a tudo, fixos na eternidade, sem família, sem casta, sem origem, ninguém conhecendo sua idade. Essa divindade masculina, adorada pelos dravidos, representa o espirito absoluto, contemplativo, o modelo arquetípico do Adepto que forma par com a Shakti. Shiva representa a consciência e Shakti a força, ambos devem ser reintegrados. Shiva, é representado no tarô de Marselha, pela figura do louco, ou do Adepto iluminado, que no ritual tântrico, diante do espetáculo embriagador da Shakti, das suculentas iguarias, das mesas guarnecidas de bebidas, da visão exultante de lindas mulheres, deve manter constante lucidez, permanecendo firme, sem se deixar incomodar um minuto sequer pelo toque desenfreado dos sentidos estimulados, participando de tudo, sem temer infringir tabus ancestrais e ao mesmo tempo jamais cedendo às instâncias grosseiras, provocadas pela palpitação dos desejos inferiores. As músicas, as danças, as bebidas, as festas, todos os encantos da Shakti, não são suficientes para desviar o Adepto de seu ideal, ele transubstância organicamente o veneno em néctar da imortalidade, envolvendo-se para se desenvolver, participando sem se perder, ou se diluir, dos mistérios da Deusa, que é são os mistérios da própria vida. Enquanto a Shakti deve ser fisicamente ativa, através das inúmeras formas de sua expressão, Shiva, permanece imóvel, impassível concentrando-se em tudo o que surge, ilumina-se em sua própria consciência. O Adepto que segue o caminho de Shiva, repousa no centro imóvel, onde o tempo e o espaço se diluem, cosmosifica o seu corpo, fazendo com que a força, a Shakti, volte as origens, promovendo a reabsorção de Shakti-Prakriti, em Shiva-Purusha. Deixa de revestir Maya, e ao invés disso realiza a reintegração da essência incriada. O Adepto do Shivaismo, era designado como "morto em vida", pois havia morrido para o mundo, deixando de alimentar ilusões, retirando-se da existência fenomênica, onde nós continuamos a perpetuar-nos às cegas, gerando formas ilusórias cada vez mais inconsciente, numa explosão demográfica que ameaça a existência do próprio planeta. Dessa forma, o que se espalhava cegamente, povoando os mundos, regressa ao seu ponto de origem. Para tanto, o Adepto, deve assimilar, dominar absolutamente a força vital invocada nas manifestações da Shakti, do contrário ela se manifesta sob a forma de uma sede devoradora que nada pode satisfazer, a não ser a morte. Por isso dizem os tantras, que, "todo o praticante que se monstra incapaz de controlar corretamente o desencadeamento de forças provocado pela Shakti, cai vítima de sua influência oculta", vitimado por uma espécie de intoxicação dos sentidos, sofre um dependência passiva e destruidora, que em breve absorverá sua consciência, tornando-se um sátiro, um "demônio", objeto passivo de uma força nefasta, invisível, ou seja, o "tigre", o devorou... A Sadhana ou Prática Tântrica Segundo o culto primitivo dos dravidos, Shiva, a consciência e Shakti, a energia, precisavam se tornar um, essa união, esse casamento místico entre a energia e a consciência, devia fazer-se no corpo do devoto, através de várias práticas, ou sadhanas, que incluíam, os asanas, posturas corporais, o pranayama, controle da respiração, os bandhas, contrações musculares, os mantras, sons mágicos e os yantras, as mentalizações de formas geométricas. O uso combinado desses elementos, objetiva fechar os canais psicossomáticos, reduzindo ao mínimo os desperdícios, promovendo um acumulo de energia, que de outro modo, fluindo por nossas correntes vitais, é desperdiçada no exterior do corpo. As correntes, por onde flui nossa energia vital, se dividem em três modalidades, o pensamento, ligado a Satwa, a respiração ligada a Rajas, e as secreções glandulares, ligados a Tamas. O Sadhaka, ou o praticante da Sadhana, utiliza os mantras para por a energia em movimento, ai então equilibra seu pensamento através da mentalização de yantras, atua sobre o seu fôlego por meio do pranayama e estimula a liberação de suas secreções glandulares utilizando asanas e bandhas. Além das técnicas acima, o praticante deve realizar a vigilância dos sentidos, que promovem divagações e estimulam os apegos aos desejos, a exteriorização, geralmente nossos sentidos agem sem percebermos, induzindo-nos a vários atos automáticos, que prejudicam a harmonia, indispensável a Sadhana Tântrica. Não fazer mal a ninguém, por pensamentos, por palavras ou atos, isso inclui não fazer mal principalmente a si mesmo, não se impondo uma carga ascética suplementar, pois só é capaz de dar amor quem possui amor, como dizia o Adepto Joshua Bem Pandirá, o Jesus bíblico, ama o próximo como a ti mesmo, sendo imprescindível aprendermos a nos amar, a sermos mais compreensivos conosco, a partir desse comportamento, o amor e a compreensão transbordam naturalmente, envolvendo os demais.

 

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Não ser dualista, ou seja evitar a ilusão de que espirito e matéria são distintos, ilusão que se expressa no dia-a-dia através da distinção entre vida material e vida espiritual. Toda nossa vida é espiritual, e toda tipo de existência precisa de alguma forma de invólucro, de matéria mesmo que extremamente sutil. Espirito sem matéria não existe e matéria sem espirito não existe. As melhores técnicas ancestrais, jamais poderão alcançar a fusão unitiva, enquanto o discípulo for vitima dessa cisão ilusória, que expressa uma profunda incapacidade para a via de iluminação oferecida pelo Tantrismo.
A partir da não dualidade o discípulo compreende, outros mistérios da manifestação, principalmente o de que o observador e o observado são um só, percebendo o fenômeno ilusório chamado de projeção pelo Adepto Basílides de Alexandria. Portanto a vida quotidiana do Sadhaka, ou praticante, deve ser centrada, voltada constantemente para o Um, o Ser Eterno, Brahman, pois sem uma atenção firme decidida não dual, absolutamente nada será realizado.

 

 

Por meio desses recursos, o iniciado extingue, a cisão entre a consciência e sua manifestação, produtora da idéia fantasmagórica de um mundo material independente do mundo espiritual e vice-versa. A partir do momento em que o discípulo promove em si, esse casamento místico, a fusão dos verdadeiros gêmeos espirituais, num colóquio amoroso, que exalta a natureza do deus homem, a dualidade religiosa, que opunha espirito a matéria, Purusha a Prakriti, Shiva a Shakti, homem a mulher, evolui para a Unidade Divina, que promove sua iluminação, como ser reintegrado na unidade primordial, pois como dizem os iniciados:

 


só pode haver Um! O Ritual Tântrico O ritual dos dravidos, orientado pelas Mestras do culto da Shakti, punha em movimento as polaridades subjacentes, fundido-as. Dessa forma, o Sadhaka, ou praticante, homem ou mulher, identificava-se com o princípio último, da realidade indiferenciada, Brahman. O conjunto das práticas observadas escrupulosamente cria as condições para que se cumpra esta fusão, do eu individual, com o Eu absoluto. O ritual consiste, portanto, numa mobilização de todas as energias momentaneamente sufocadas ou desviadas, a fim de que elas voltem a se juntar e se coloquem a serviço da LEI, ou seja a serviço da Unidade Primordial. De todos os rituais tântricos o mais transcendente é o chamado Panchamakara, ou como ficou conhecido, o "Rito dos Cinco M". Neste ritual os Adeptos absorvem sucessivamente: o vinho(madya), a carne (mansa), o peixe (matsya), o cereal tostado (mudra) e se entregam a união das polaridades masculinas e femininas (maithuna). A cerimônia dos Cinco M, é em essência um rito de purificação, em cuja a realização não devem se aplicar de maneira nenhuma os discípulos ainda prisioneiros dos prazeres sensuais, incapazes de controlar a respiração, suscetíveis de ceder à cobiça e a embriaguez. Os detalhes operacionais do Panchamakara, o modus-operandi, são preservados pelo selo do segredo, com o intuito de evitar sua profanação por seres despreparados e movidos por seus baixos instintos, que acabariam sendo tragados pelas energias que inconseqüentemente invocaram. O Sadhaka (praticante), através do Ritual Panchamakara, utilizando os Mantras, os Yantras, Pranayama, os Asanas e os Bandhas, realiza:

 

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•    A chamada das energias dissipadas;
•    A reoquestração progressiva destas energias em torno de um centro invisível;
•    A fusão e a subida da energia à fonte de onde ela emanou;
•    A transfiguração da força em seu princípio.
•    O que promove, progressivamente, a iluminação do Adepto, que se funde a luz original.

 


Os estágios acima, integrados no Ritual, segundo as qualidades individuais do praticante, promovem num espaço de tempo, mais curto ou mais longo, a recentragem que preludia a realização máxima e final. "O ritual coloca o Sadhaka no centro do processo criador, na perspectiva de uma reabsorção completa dessa criação".

 


As características do Adeptos A compreensão do Tantrismo, do culto da Grande Mãe, exige uma qualidade essencial do discípulo, sejam eles homens ou mulheres, exige que eles possuam oja, ou virya, a virilidade. Somente a virilidade garante uma prática, ou Sadhana, real e eficaz. O mestre que nos esclareceu melhor sobre o significado do termo virya foi Sri. Abhivanagupta, quando afirma que "Não ter virilidade é não ter vida, é não ter a faculdade de se maravilhar..."

 


O Adepto do Tantrismo, está destinado a se abismar na força, "condenado" a lutar com o tigre, a vencer ou perecer. Sua força interior depende menos da coragem que do fervor, do amor exclusivo pela Shakti, manifestada pela expressão da Deusa no mundo...
Mas como o fogo no altar da Deusa, Maya-Shakti, sempre foi mantido aceso pelas sacerdotisas, estas mais do que ninguém, precisam ser portadoras de determinadas características, tais como a capacidade de experimentar um completo abandono à Energia Cósmica, sem restrição mental ou física, fazendo dádiva de sua pessoa com fervor e amor. Esse amor não deve ser confundido com desejo e sentimento de posse, com ciúme, pieguismos, etc. Esses sentimentos inferiores podem levar-nos as maiores loucuras, porém são incapazes de conduzir-nos a iluminação interior, ao despertar da vida interna e a libertação da morte. A receptividade aos desígnios da Deusa , da Anima Mundi e a expressão do amor fraternal são condições imprescindíveis para a sacerdotisa tântrica. Sua generosidade encerra um poder incalculável, uma reserva energética inexaurível, que convenientemente dirigidos, promovem a libertação da ignorância e a iluminação. O amor é a chave da iluminação, o verdadeiro amor, que é caracterizado pelo despertar do chacra cardíaco. Somente podemos dar aquilo que possuímos, portanto somente uma sacerdotisa, que possua este centro de força vibrando, mesmo que parcialmente, pode fazer vibrar em uníssono, o centro cardíaco daquele que busca a iluminação, somente ela pode ser investida dos poderes ilimitados da Shakti. O Papel do Tantrismo na Época Contemporânea O Tantrismo poderíamos concluir, apesar de ser uma doutrina das mais antigas, está plenamente adaptado à época em que vivemos, época conhecida como Kali-Yuga ou Idade Negra. Neste período em que a energia encontra-se completamente extraviada na matéria, adormecida e inconsciente, os Adeptos Tântricos, partindo da premissa que durante as crises a energia vital desperta com maior intensidade, utilizam tudo aquilo que poderíamos encarar como obstáculo, como perigo para ativar nossos recursos psico-fisiológicos, afim de que uma vez desperta, a energia possa ser canalizada para seus sete centros de força, colocando-os em atividade para promover sua iluminação interior .

 

 

Dessa forma, convertem o veneno em néctar da imortalidade da consciência, numa empreitada perigosa, pois muitos que, friccionando a lâmpada e fazendo sair dela o gênio, acabaram convertendo-se de amo e senhor, em serviçais das forças que não foram capazes de dominar.
Tal realização só pode ser levada a cabo sobre a tutela amorosa e misericordiosa dos Arquétipos divino Shiva-Shakti, ou em linguagem mística, só podem realizá-la aqueles que forem abençoados pela Divindade, que os guardará em suas inevitáveis quedas, abrindo ou mantendo seladas "as Portas de Ouro que nos livram da Deusa Maya", de acordo com a capacidade e o progresso de cada discípulo na Senda da iniciação.

 


Pensamento
"Pelos mesmos atos que fazem certos seres arderem no inferno, os Adeptos obtém a libertação suprema."

 

Postado por FR Gemini 21.’.

(Retirado de algum blog que não lembro)

domingo, 11 de setembro de 2011

À Procura de Iranon (H.P. Lovecraft)

Sem título

Para a cidade de granito de Teloth perambulou o jovem com uma grinalda de folhas de parreira sobre o cabelo louro reluzente de mirra, o manto púrpura rasgado pelos espinheiros do monte Sidrak, que se ergue do outro lado da antiga ponte de pedra. Os homens de Teloth são rudes e sombrios, e moram em casas quadradas. Com semblantes carrancudos perguntaram ao estrangeiro de onde ele vinha e qual era seu nome e fortuna. E o jovem respondeu:

"Sou Iranon e venho de Aira, uma cidade distante da qual só me lembro vagamente mas que procuro reencontrar. Sou um cantor das canções que aprendi na cidade distante e meu oficio é fazer beleza com as coisas relembradas da infância. Minha riqueza está em pequenas lembranças e sonhos, e nas esperanças que canto nos jardins quando a lua é doce e o vento oeste agita as flores de lótus".

Quando os homens de Teloth ouviram essas coisas, murmuraram entre si; pois, embora na cidade de granito não haja risos nem canções, os homens rudes às vezes olham para os montes Karthianos, na primavera, e pensam nos alaúdes da distante Oonai mencionada pelos viajantes. E, assim pensando, pediram ao estrangeiro que ficasse e cantasse na praça diante da Torre de Mím, embora não gostassem da cor de seu manto esfarrapado, nem da mirra em seu cabelo, nem de sua grinalda de folhas de videira, nem da juventude de sua voz dourada. Ao anoitecer, Iranon cantou, e enquanto cantava um velho orava e um cego afirmou enxergar uma auréola sobre a cabeça do cantor. Mas a maioria dos homens de Teloth bocejou, e alguns riram, e alguns caíram no sono, pois Iranon não dizia nada de útil, cantando somente suas lembranças, seus sonhos e suas esperanças. "Lembro-me do crepúsculo, da lua e das doces canções, e da janela onde era embalado para dormir. E além da janela havia a rua de onde vinham as luzes douradas e as sombras dançavam sobre casas de mármore. Recordo o quadrado de luar do chão, que nenhuma outra luz igualava, e as visões que dançavam nos raios lunares quando minha mãe cantava para mim. E recordo também o sol da manhã brilhando sobre as multicoloridas colinas no verão, e a doçura das flores carregadas pelo vento sul que fazia as árvores cantarem." "Ó Aira, cidade de mármore e berilo, quantas não são tuas belezas! Quanto eu amava os cálidos e fragrantes bosques além do hialino Nithra, e as quedas do minúsculo Kra, que corria pelo vale verdejante! Naqueles bosques e naquele vale, as crianças trançavam grinaldas umas para as outras e, ao crepúsculo, eu sonhava estranhos sonhos sob as árvores yaths na montanha enquanto via, abaixo de mim, as luzes da cidade e o sinuoso Nithra refletindo um cinturão de estrelas." "E na cidade havia palácios de mármore raiado e matizado com cúpulas douradas e paredes ornamentadas, e verdes jardins com tanques cerúleos e fontes cristalinas. Muitas vezes brinquei nos jardins, e entrei nos tanques, e me deitei e sonhei entre as pálidas flores debaixo das árvores. E às vezes, ao pôr-do-sol, eu subia pela longa e íngreme rua até a cidadela e a praça aberta, e olhava para baixo, para Aira, a cidade mágica de mármore e berilo, esplêndida em seu manto de chama dourada." "Há muito eu te perdi, ó Aira, pois era muito jovem quando parti para o exílio, mas meu pai era o Rei e eu voltarei para ti, pois assim quer o Destino. E por sete terras eu te busquei, e algum dia reinarei sobre teus bosques e jardins, tuas ruas e palácios, e cantarei para homens que saberão do que eu canto, e não rirão, nem se afastarão. Pois eu sou Iranon, que foi um Príncipe em Aira." Naquela noite, os homens de Teloth alojaram o estrangeiro num estábulo e, pela manhã, um arconte foi ter com ele dizendo-lhe para ir à oficina de Athok, o sapateiro, e tornar-se seu aprendiz. "Mas eu sou Iranon, um cantor de canções", disse ele, "e não tenho vocação para o oficio de sapateiro." "Todos em Teloth devem trabalhar arduamente", replicou o arconte, "pois esta é a lei." Então disse Iranon: "Por que motivo trabalhais arduamente? Não deveis viver e ser felizes? E se trabalhais arduamente apenas para poder trabalhar ainda mais, quando a felicidade vos encontrará? Trabalhais para viver, mas a vida não é feita de beleza e canção? E se não tiverdes cantores entre vós, para onde irão os frutos de vosso trabalho? A lida sem canção é como uma jornada estafante sem um fim. A morte não seria mais agradável?" Mas o arconte se aborreceu e não entendeu, e reprovou o estranho. "És um jovem estranho e não gosto de teu rosto, nem de tua voz. As palavras que falas são blasfêmia, pois disseram os deuses de Teloth que o trabalho árduo é bom. Nossos deuses nos prometeram um paraíso de luz além da morte onde repousaremos eternamente, e a frialdade de cristal em meio à qual ninguém perturbará nossa mente com pensamentos ou nossos olhos com beleza. Vai, pois, até Athok, o sapateiro, ou parte da cidade ao entardecer. Todos aqui devem servir, e cantar é insensatez." Iranon abandonou então o estábulo e caminhou pelas estreitas ruas de pedra entre as sombrias casas quadradas de granito, procurando algum verde, pois tudo ali era de pedra. Os homens traziam as testas franzidas, mas no dique de pedra que margeava o preguiçoso rio Zuro havia um garoto sentado escrutinando com olhos tristes as águas por trás de verdes ramos floridos trazidos dos morros pelas cheias. E o garoto lhe disse: Não és aquele de quem os arcontes falam, aquele que procura uma cidade distante numa bela região? Sou Romnod, nascido do sangue de Teloth, mas não sou um velho calejado nos modos da cidade de granito e anseio diariamente pelos cálidos bosques e as terras distantes de beleza e canção. Além dos montes Karthianos fica Oonai, a cidade dos alaúdes e das danças da qual os homens murmuram dizendo que é igualmente adorável e terrível. Ali eu iria se fosse suficientemente velho para encontrar o caminho, e ali deverias ir e cantar, e terias pessoas para te escutar. Deixemos a cidade de Teloth e viajemos juntos entre os montes primaveris. Tu me mostrarás os caminhos da viagem e eu ouvirei tuas canções ao entardecer, quando as estrelas, uma a uma, trazem sonhos às mentes dos sonhadores. E pode mesmo acontecer que Oonai, a cidade dos alaúdes e das danças, seja a mesma bela Aira que tu procuras, pois conta-se que não encontraste Aira desde os velhos tempos, e os nomes freqüentemente mudam. Vamos para Oonai, ó Iranon de cabeça dourada, onde os homens conhecerão nossos anseios e nos receberão como irmãos, e também não rirão nem franzirão as testas com o que dissermos". E Iranon respondeu: "Assim seja, pequeno. Se alguém neste lugar de pedra anseia por beleza, deve buscar as montanhas e ir além delas, e eu não te deixaria a definhar ao lado do preguiçoso Zuro. Mas não penses que o deleite e o entendimento grassam logo depois dos montes Karthianos, ou em qualquer lugar que possas encontrar numa jornada de um dia, ou um ano, ou um lustro. Olha, quando eu era pequeno como tu, morava no vale de Narthos, à beira do frígido Xari, onde ninguém se importava com meus sonhos, e disse para mim que, quando fosse mais velho, iria para Sinara na encosta meridional, e cantaria para sorridentes cameleiros na praça do mercado. Mas quando fui a Sinara, encontrei os cameleiros todos bêbados e dissolutos, e percebi que suas canções não eram como as minhas, por isso viajei numa chata, descendo o Xari até a Jaren das muralhas de ônix. E os soldados de Jaren riram de mim e me expulsaram, por isso saí perambulando por muitas outras cidades. Conheci Stethelos, abaixo da grande catarata, e vi o pântano onde um dia existiu Sarnath. Estive em Thraa, Ilarnek e Kadatheron às margens do sinuoso rio Ai, e habitei muito tempo Olathoe, na terra de Lomar. Mas, embora encontrasse ouvintes ocasionais, eles sempre foram muito poucos, e sei que só serei bem recebido em Aira, a cidade de mármore e berilo onde meu pai uma vez governou como Rei. Assim, pois, buscaremos Aira, embora fosse bom visitar até a distante Oonai, abençoada pelos alaúdes, além dos montes Karthianos, que pode de fato ser Aira, muito embora eu não o creia. A beleza de Aira supera a imaginação e ninguém consegue se pronunciar sobre ela sem arrebatamento, enquanto de Oonai os cameleiros sussurram furtivamente."

O sol se punha, quando Iranon e o pequeno Romnod partiram de Teloth, e durante muito tempo perambularam pelos verdes montes e as frias florestas. O caminho era acidentado e escuro, e eles pareciam nunca se aproximar de Oonai, a cidade de alaúdes e danças, mas quando chegava o crepúsculo e as estrelas surgiam, Iranon cantava sobre Aira e suas belezas, e Romnod escutava, e isso os deixava, até certo ponto, contentes. Comiam regaladamente frutas e bagas vermelhas, e não sentiam o tempo passar, mas muitos anos devem ter transcorrido. O pequeno Romnod já não era tão pequeno e já não tinha a voz esganiçada e sim grave, embora Iranon fosse sempre o mesmo e continuasse enfeitando seus cabelos dourados com folhas de parreira e resinas fragrantes encontradas nos bosques. Assim, deu-se um dia em que Romnod pareceu estar mais velho que Iranon, embora fosse muito pequeno quando Iranon o encontrara espreitando por verdes ramos floridos em Teloth, ao lado do preguiçoso Zuro margeado de pedra. Era uma noite de lua cheia quando os viajantes atingiram o cume de uma montanha e, olhando para baixo, avistaram as miríades de luzes de Oonai. Camponeses lhes haviam dito que estavam perto e Iranon percebeu que aquela não era sua cidade nativa de Aira. As luzes de Oonai não eram como as luzes de Aira, pois eram fortes e ofuscantes, enquanto as luzes de Aira brilhavam com tanta suavidade e magia quanto o luar sobre o chão ao lado da janela onde a mãe de Iranon um dia o acalentara com canções. Mas Oonai era uma cidade de alaúdes e danças, por isso Iranon e Romnod desceram a íngreme encosta para encontrar pessoas a quem canções e sonhos pudessem agradar. E, quando entraram na cidade, encontraram foliões com grinaldas de rosas saltitando de casa em casa e se inclinando de janelas e sacadas que ouviam as canções de Iranon e atiravam-lhe flores e o aplaudiam quando terminava. Então, por um momento, Iranon acreditou ter encontrado os que pensavam e sentiam como ele, embora a cidade não tivesse um centésimo da beleza de Aira. Ao chegar a aurora, Iranon olhou em torno desalentado, pois as cúpulas de Oonai não eram douradas sob o sol, mas cinzentas e sombrias. E os homens de Oonai estavam pálidos das folias e entorpecidos pelo vinho, e eram diferentes dos radiantes homens de Aira. Mas como as pessoas tinham atirado flores sobre ele e aclamado suas canções, Iranon ficou, e com ele Romnod, que gostava das folias da cidade e trazia rosas e mirto em seus negros cabelos. Muitas vezes, à noite, Iranon cantava para os foliões, mas estava sempre como antes, coroado apenas com as vinhas das montanhas e recordando as ruas de mármore de Aira e o hialino Nithra. Nos salões cobertos de afrescos do Monarca ele cantou sobre uma plataforma de cristal elevada sobre um piso espelhado, e ao cantar trazia imagens para seus ouvintes até o piso parecer refletir coisas antigas, belas e meio lembradas em vez dos foliões avermelhados pelo vinho que o bombardeavam com rosas. E o Rei pediu-lhe que tirasse seu esfarrapado manto púrpura e vestiu-o de cetim com brocados de ouro, com anéis de jade verde e braceletes de tinto marfim, e alojou-o num quarto dourado e forrado de tapeçarias com uma cama de madeira delicadamente entalhada, com dosséis e colchas de seda com bordados florais. Assim viveu Iranon em Oonai, a cidade dos alaúdes e das danças. Não se sabe quanto tempo Iranon permaneceu em Oonai, mas certo dia o Rei trouxe para o palácio alguns dançarmos frenéticos do deserto liraniano e trigueiros flautistas de Drinen, no Leste, e a partir de então os foliões atiraram suas rosas não tanto em Iranon, mas sobretudo nos dançarinos e flautistas. E, dia após dia, aquele Romnod que havia sido um garoto na granítica Teloth foi se tornando mais rude e avermelhado pelo vinho, até que passou a sonhar cada vez menos e a ouvir com menos deleite as canções de Iranon. Mas, embora estivesse triste, Iranon não deixava de cantar, e à noite recontava sempre seus sonhos de Aira, a cidade de mármore e berilo. Então, certa noite em que roncava pesadamente recostado entre as sedas narcóticas de seu leito, Romnod, gordo e rubicundo, faleceu em meio a uma convulsão, enquanto Iranon, pálido e esbelto, cantava para si mesmo num canto distante. Depois de prantear sobre o túmulo de Romnod e o forrar com verdes ramos floridos como os que Romnod costumava amar, Iranon despiu suas sedas e adornos e partiu, esquecido, de Oonai, a cidade de alaúdes e danças, trajando apenas o esfarrapado manto púrpura com que chegara, coroado com uma grinalda de frescas folhas de parreira das montanhas. Ao entardecer, errava ainda Iranon, procurando sua terra nativa e os homens que compreenderiam e louvariam seus sonhos e canções. Em todas as cidades de Cydathria e nas terras além do deserto de Bnazie, crianças risonhas riam de suas velhas canções e de seu esfarrapado manto púrpura, mas Iranon permanecia jovem e trazia grinaldas sobre sua cabeça dourada enquanto cantava sobre Aira, deleite do passado e esperança do porvir. Assim foi que chegou, certa noite, ao esquálido casebre de um velho pastor, encurvado e sujo, que apascentava rebanhos numa encosta empedrada que subia de um pântano de areias movediças. Para esse homem, falou Iranon, como para tantos outros havia falado: "Podeis me dizer onde poderei encontrar Aira, a cidade de mármore e berilo, onde corre o hialino Nithra, e onde as quedas do minúsculo Kra cantam para vales verdejantes e colinas cobertas de pés de yath?" E o pastor, ouvindo, olhou demorada e atentamente para Iranon, como que recordando algo muito distante no tempo, e observou cada linha do rosto do estranho, e seu cabelo dourado, e sua coroa de folhas de videira. Mas ele era velho e abanou a cabeça enquanto respondia: "Ó estrangeiro, ouvi de fato o nome de Aira, e os outros nomes de que falaste, mas eles me vêm de muito longe, da profundeza de longos anos. Ouvi-os em minha juventude dos lábios de um companheiro de folguedos, o filho de um mendigo dado a estranhos sonhos que tecia longas narrativas sobre a lua e as flores e o vento oeste. Costumávamos rir dele, pois o conhecíamos desde seu nascimento, embora pensasse ser filho de um Rei. Era gracioso, como tu, mas cheio de disparates e estranheza; e fugiu quando era pequeno para encontrar os que ouviriam com deleite seus sonhos e canções. Quantas vezes não cantou ele para mim sobre terras que nunca existiram e coisas que nunca existirão! De Aira ele falava muito; de Aira e do rio Nithra, e das quedas do minúsculo Kra. Ele sempre dizia que ali vivera algum dia como um Príncipe, embora por aqui nós o conhecêssemos desde seu nascimento. Jamais existiu uma cidade de mármore de Aira, nem os que poderiam se deleitar com estranhas canções exceto nos sonhos de meu velho companheiro de folguedos Iranon, que partiu". E ali, ao crepúsculo, quando as estrelas saiam uma a uma e a lua lançava sobre o pântano uma radiância como a que uma criança vê estremecer no piso enquanto é ninado ao anoitecer, caminhou em direção à areia movediça letal um homem muito velho vestindo um esfarrapado manto púrpura, coroado com folhas ressecadas de videira e olhando para a frente como se estivesse vendo as cúpulas douradas de uma bela cidade onde os sonhos são compreendidos. Naquela noite, algo de juventude e beleza morreu no velho mundo.

domingo, 24 de julho de 2011

FARAON–PROJEÇÃO ASTRAL

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Idá é masculino e Pingalá é feminino. Eis os sustenidos e bemóis do grande Fá que ressoa na natureza. FA - Corresponde aos átomos solares; RA - aos átomos lunares; ON - ao Fogo Flamígero, que sobe pelo canal central. Torna-se necessário aprender a tocar esses sustenidos e bemóis com o poderoso Mantram FARAON para sair em Corpo Astral consciente e positivamente. Com os Mantrams destes sustenidos e bemóis podemos sair em Astral. No Egito, o Iniciado, ao receber as Asas Ígneas, era condecorado no Templo com um par de asas, que eram fixadas na túnica, na altura do coração.

chac moolAo abrir suas Asas Ígneas, Jesus de Nazaré foi condecorado pessoalmente pelo Faraó do Egito.

A posição em que se deitava Jesus para sair em Astral era a mesma do Chac Mool. Cabeça bem baixa, sem almofadas; as plantas do pés sobre o leito, com as pernas flexionadas e os joelhos voltados para cima. Assim, o grande Hierofante adormecia, tocando sua Lira maravilhosa da espinha dorsal. Todo o Mantram FARAON divide-se em três sílabas, assim; FA-RA-ON. O FÁ é da escala musical. O RA deve ser vocalizado como um duplo R em um tom grave. ON lembra-nos o Mantram OM da Índia, em que a letra M é substituída pela letra N.

FARAON deve ser vocalizado com o grande Fá que ressoa em todo o criado.

É aconselhável vocalizar mentalmente. O discípulo deve adormecer cantando este Mantram, com a Imaginação e a Vontade concentradas nas Pirâmides do Egito. É necessário muito exercício e muita paciência.

 

art_proj_ast_compRetirado do Livro: “Matrimonio Perfeito” – Samael Aum Weor

Postado por Fr Gemini.’.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O MESTRE

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CERTA VEZ, UM Mestre falou a uma multidão, e todos ficaram comovidos com as palavras de amor de sua mensagem maravilhosa. No meio da multidão, um homem ouviu com atenção tudo o que o Mestre disse. Era muito humilde e possuía um grande coração. Ficou tão emocionado com as palavras do Mestre, que se sentiu compelido a convidá-lo para ir a sua casa. Quando o Mestre acabou de falar, o homem foi até ele, olhou-o nos olhos e disse: — Sei que o senhor é ocupado, e que todos desejam sua atenção. Sei que não tem tempo para me ouvir, mas meu coração está tão aberto, e sinto tanto amor pelo senhor, que sinto a necessidade de convidá-lo para ir a minha casa. Desejo preparar-lhe a melhor das refeições. Não tenho esperança de que aceite, mas precisava falar-lhe desse meu desejo. O Mestre, fitando o homem nos olhos, e com o mais lindo dos sorrisos, respondeu: — Prepare tudo. Eu irei. Então, afastou-se.


Essas palavras encheram o coração do homem de grande alegria. Ele mal podia esperar para servir ao Mestre e demonstrar-lhe seu amor. Seria o dia mais importante de sua vida. Ele teria a companhia do Mestre. Comprou o melhor vinho e os melhores alimentos, procurou pelas roupas mais bonitas, que daria de presente ao Mestre. Depois, correu para casa para fazer os preparativos. Limpou a casa inteira, preparou uma refeição maravilhosa e arrumou a mesa, deixando-a bonita. Seu coração transbordava de felicidade, porque logo o Mestre estaria ali.


O homem esperava, ansioso, quando alguém bateu em sua porta. Mas ao atender, em vez de ver o Mestre, viu uma velha. Ela olhou-o nos olhos e disse: — Estou morrendo de fome. Pode me dar um pedaço de pão? Um pouco desapontado, porque não era o Mestre, o homem fitou a mulher e respondeu: — Por favor, entre. Sentou-a no lugar que reservara para o Mestre e deu-lhe da comida que preparara para ele. Mas estava nervoso e mal conseguia esperar que ela acabasse de comer. A velha ficou emocionada com tanta generosidade, agradeceu e partiu. O homem mal acabara de arrumar tudo novamente para receber o Mestre, quando tornaram a bater em sua porta. Daquela vez era um estrangeiro que atravessara o deserto. Olhou o homem nos olhos e disse: — Estou com sede. Pode me dar algo para beber? Desapontado mais uma vez, porque não era o Mestre, o homem convidou-o para entrar, sentou-o no lugar reservado para o Mestre e deu-lhe do vinho que pretendera oferecer a ele. Quando o estrangeiro partiu, ele voltou a arrumar tudo para receber o Mestre. Tornaram a bater na porta. Quando o homem abriu, deparou-se com uma criança, que o olhou e disse: — Estou com frio. Pode me dar um cobertor com que eu possa me cobrir? Um tanto desapontado, porque novamente não era o Mestre, ele olhou a criança nos olhos e sentiu o amor encher seu coração. Juntou rapidamente as roupas que pretendera dar ao Mestre e com elas cobriu a criança, que agradeceu e partiu. O homem tornou a arrumar tudo e ficou esperando até tarde da noite. Quando percebeu que o Mestre não chegaria, ficou decepcionado, mas perdoou-o, dizendo a si mesmo: "Eu sabia que não podia esperar que ele viesse a esta casa humilde. Embora prometesse vir, algo mais importante deve tê-lo prendido em outro lugar. O Mestre não veio, mas pelo menos me disse que viria, e isso bastou para me deixar feliz".


Guardou lentamente os alimentos e o vinho e foi dormir. Sonhou que o Mestre entrava em sua casa. Ficou muito feliz ao vê-lo, pois não sabia que estava sonhando. — Mestre, o senhor veio! Manteve sua palavra. O Mestre respondeu: — Estou aqui, sim, mas já estive, antes. Estava faminto, e você supriu minha necessidade de alimento. Estava sedento, e você me deu vinho. Estava com frio, e você me deu roupas. Seja o que for que fizer aos outros, estará fazendo a mim. O homem acordou, e seu coração estava cheio de felicidade, porque ele entendera o que o Mestre lhe ensinara. O Mestre amava-o tanto, que mandara três pessoas a sua casa para dar-lhe a maior das lições: ele vive dentro de cada um de nós. Quando alimentamos os famintos, damos água aos sedentos e vestimos os que sentem frio, estamos oferecendo nosso amor ao Mestre.

 

Retirado de: “O Dominio do Amor.”  -Don Miguel Ruiz

sábado, 16 de julho de 2011

Desabafo de um Frater

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Quando o maior mago do sec XIX começou a trilhar seu próprio caminho inúmeras calunias a sua pessoa foram levantas, alguns com um conhecimento de Cabalah adquirido através do intelecto, ou seja, epistêmico gritaram e blasfemaram contra sua pessoa. Seus discípulos e seguidores mantiveram sua tradição e hoje são vistos como grandes magos e aqueles caluniadores que estavam preso no intelecto ficaram esquecidos, quando muito seus nomes apenas citados em alguma obra, até houve alguns que conseguiram desenvolver bons livros. A maior Maga do sec XIX também caluniada por seu psiquismo e capacidades acima do humano vulgar e de até outros adeptos, grandemente difamada como charlatã, morreu, nos dizem, de desgosto da humanidade. Assim inumeráveis homens que é preferível não citar, pois aqueles que entendem de ocultismo o sabem, por que se não sabem nem da vida dos grandes adeptos e alquimistas, não tem nem idéia do caminho que estão percorrendo, continuando assim inconscientes, ou melhor nem estão percorrendo nenhum caminho.

Hoje o ocultismo e o misticismo viraram moda, filmes, músicas, contos da carochinha, etc... Assim muitas crianças desiludidas que acreditam em diversas fantasias se levantam a criticar, blasfemar, gritar etc... sem nunca ter dado um passo nesse longo caminho. Não entram no caminho nem deixam outros entrarem. Nós temos uma idéia pré concebida, um pré-conceito, e achamos que um mago é um homem de barbas, as vezes com chapéu pontudo como nas historinhas, ou um lutador que não deixa nada barato que sai voando enquanto desfere chutes e socos. Assim presos em conceitos buscamos alguém pra seguir, um grupo para seguir. Me recordo daquele Mago, citado, quando saiu de duas fraternidades ocultas que pertencia, e deixou claro que as abandonava pois elas haviam se polarizado contra outra instituição. Ou seja, não podia fazer parte de um grupo que caluniava e difamava outros grupos, assim ficando preso na tese e na antítese, no bem ou no mal, no mundo da mente onde essas batalhas são travadas. Enquanto permanecemos procurando a quem seguir, nunca encontraremos dentro de nós o tom da pedra. Como esse mesmo mago nos diz que o homem quando vem ao mundo tem seus sentidos desbalanceados assim não pode perceber a verdade. Amigos assim deveríamos nos preocupar com nosso caminho, que ainda não foi trilhado, e não em apontar esse ou aquele mestre, essa ou aquela instituição.

Quanto as calunias e vituperios que recebemos, esses devemos usar para descobrir que não temos controle sobre nós mesmos, que realmente não valemos nada, e o unico que vale em nossa vida é o sentido que damos a ela, porem se não temos sentido na vida de que vale viver?

 

Fr Gemini.’.

Ensayo sobre Clarividencia y Viajes en la Visión Espiritual Por Sub. Spe. Zelador Adepto Menor

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La mejor teoría del fenómeno de la Clarividencia parece ser la basada enla relación entre el hombre como Microcosmos y el Universo como Macrocosmos, el primero es un reflejo en miniatura del otro, como las gotas del rocío que reflejan, todas y cada una, a los árboles, a las montañas, al cielo, las nubes, el Sol y las estrellas.

Así, todas las cosas que existen en el Universo se reflejan en todos y cada uno de los hombres, sobre su envoltura akásica; si él es conciente de todas las imágenes y reflejos que contiene, entonces sabrá que en él se encuentra todo el conocimiento potencial del Universo, del Cosmos; se dará cuenta entonces de que no es más que una mera ilusión, y que la verdad de las cosas es tan sólo una vasta exposición de pinturas que viaja de un punto a otro creando una sucesión de ideas en un lapso de tiempo; por ello, al saber que en nuestra envoltura se encuentra todo el conocimiento, sabremos que contiene en sí al pasado, al presente y al futuro. La razón de que no nos demos cuenta de ello, es que no somos conscientes de nosotros mismos porque tenemos obstruido nuestro sistema sensorial, nuestro cerebro actual no puede percibir las sensaciones instaladas en nuestra esfera personal. Cuando el hombre puede mirar todo el conocimiento que se mantiene en su interior como su intuición, tendrá toda la información disponible. Todo el conocimiento se encuentra en ti. Pero como el cerebro y los sentidos son físicos, es necesario que primero se recurra a utilizar los medios físicos para producir sensaciones conscientes de la percepción del conocimiento reflejado en la Esfera de Sensaciones. Y el medio más rápido y seguro es usar un símbolo. Esta es una vida familiar y cotidiana, y muchas cosas se nos escapan.

SHIVA SHAKTYPor ejemplo, a una persona depravada, una palabra o figura obscena será un símbolo que atrae hasta él todo tipo de imágenes sucias. Para un amante, cualquiera de los atributos de su amada será un símbolo para él, que le atraerá imágenes y sensaciones en relación con ella, hasta hacerle encender las mejillas, su pulso se alterará, hablará con dificultad, se volverá torpe, etc.

Para el soldado, la vista de la bandera de su país o de su regimiento, le producirán visiones de marcial gloria, ideas de devoción y patriotismo, inflamándole de coraje. En todos los casos, las ideas y las visiones se producen por los símbolos, y si se acepta esta teoría, se aceptará que los efectos de un símbolo hacen más

sensible a una porción del cerebro, o más traslúcida a las imágenes que se encuentran en la Esfera de Sensaciones. Esta sensibilidad del cerebro se produce en otras maneras, como con el hipnotismo, la sugestión o el trance, así como por la obsesión, la enfermedad, el miedo, etc., pero el método del símbolo siempre será el más rápido y el más seguro. Esta teoría se pone en práctica para inducir la Clarividencia. Un amplio número de símbolos, ampliamente conocidos, tiene una relación definida con ciertas porciones de la Esfera de Sensaciones y las correspondientes regiones del cosmos, y también con las regiones relacionadas en el cerebro físico. El experimentador debe de conocer perfectamente los valores y las relaciones de dichos símbolos al emplearlos, para que su conocimiento produzca una concentración inmediata del pensamiento, la fuerza vital y nerviosa, de la sangre que va al cerebro y del material de apoyo que establece la sensibilización.

Si se toma una carta Tejas Tattvas, el conocimiento con que se relaciona es el fuego que cargará a todos los centros físicos relacionados, y con sus centros representantes, con el fuego; e involuntariamente se conectarán con los nombres divinos que el experimentador haya aprendido. Estos nombres se deberán pronunciar solemnemente, imprimiéndoles la vibración que aumente su efecto; observe fijamente el símbolo y toque los implementos apropiados, que también son un símbolo para el cerebro, aumente momentáneamente la fuerza, hasta que todas las células del cerebro, ajenas al experimento queden fuera de servicio; toda la conciencia se ha de concentrar en la percepción del fuego.

El cerebro físico se hace entonces sensible y translúcido para percibir en la Esfera de Sensaciones el reflejo Macrocósmico de la idea del fuego, con todas sus connotaciones. La sensación es la de que el pensamiento da un paso a través de una ventana hacia un nuevo mundo. La realidad de estas nuevas sensaciones le permitirá al cerebro, concienciarse de las ideas e imágenes que hasta entonces le eran desconocidas. Al principio parece que todas las visiones y percepciones vienen de la imaginación, es decir, que todo parece un compuesto figurativo de libros, pinturas, recuerdos e ideas ya conocidas. Pero un poco después, el experimentador se convence de que se encuentra en un mundo nuevo conscientemente, un nuevo mundo que tiene sus propias leyes naturales, como nuestro mundo: en ese primero no se puede hacer y deshacer a voluntad, pues en él sólo somos espectadores, y en ningún sentido creadores. En este punto la convicción, de que estamos ante un nuevo y más amplio fenómeno, se incrementa. Y de hecho, estamos en el lugar conocido como Mundo Astral, o como Plano Astral. Al tener una confirmación experimental de la teoría, probablemente se intensificarán los cuidados de su realización, y se profundizará más en cada experimento.

La experiencia personal confirma la teoría: Tomo un símbolo, del que  conozco su significado, un Tattva o una carta del Tarot; primero viene la idea abstracta del significado del símbolo: agua o fuego en abstracto; la mente simpatiza con el elemento deseándolo particularmente; poco a poco se irán haciendo más reales las percepciones de sus características: la humedad o el calor, el crepitar del fuego o la caída del agua. Gradualmente la atención de todo lo exterior se tamiza en una mezcla gris, vista y oído quedan desconectadas, todo se ensombrece, y como un pensamiento emergido de una linterna mágica, la forma del símbolo se proyecta.

La Conciencia parece pasar a través del símbolo a nuevos reinos, pero en un principio, como he dicho antes, es muy posible que dichas visiones sean producto de los centros hipersensibles del cerebro, impresionados por la iluminación del símbolo dentro de esa mezcla gris, y por ello tienen la sensación de que pasan a través de él. Todas las sensaciones son parecidas a una película en movimiento, además en este nuevo mundo existen personas con las que se puede conversar, animales a los que se puede dominar, cosas que uno puede atraer, por lo que personal-mente encuentra estas imágenes más sólidas que las del kinetoscopio, o que el sonido de un fonógrafo.aimperatriztaro

Cuando esta sensibilidad del cerebro se produce junto al poder de percepción, parece que crece fuera un poder que hace que las imágenes se hagan cada vez más sólidas, y que el experimentador puede hacer cosas así. Aquí es donde yo imagino que comienza el Viaje en la Visión del Espíritu. Es muy dificil de determinar si esto es sólo una ampliación del poder de percepción de la Esfera de las Sensaciones o de la Envoltura Akásica. Personalmente, me parece que la sensación es lo primero que viene, después se adquiere la conciencia de que se camina en el nuevo mundo, o Plano Astral, gradualmente, hasta que se adquiere la conciencia del propio yo en este plano, que puede mirar por sus propios ojos y moverse con su propia voluntad, con cierta sensación de autoridad. Así se puede visitar a escenas y personas que antes sólo se podían ver a través del telescopio. O bien ir a inhóspitos e inhabitados lugares.

Es como un pensamiento de mi conciencia que ha dejado mi cuerpo para tomar posesión de otro cuerpo creado para este propósito, o invocando en la Esfera Astral para que me sirviera de vehículo. Parece más probable que como la Esfera de las Sensaciones refleja todo, también refleja mi cuerpo material para que pueda viajar dentro de la misma Esfera de Sensaciones, conociendo, al hacerlo, todos los demás reflejos que se encuentran en ella misma, lo que no es muy difícil si tenemos en cuenta que en la Esfera se reflejan todas las cosas del Universo. Viajar así es más rápido y sencillo, que hacerlo con el cuerpo material visitando los lugares materiales deesta tierra.

La percepción del Plano Astral parece estar llena de ilusiones, que probablemente emergen de los defectos del cerebro y de los sentidos, como si mirará a través de un vaso las imágenes distorsionadas, es decir, que el elemento personal, o lo que los científicos llaman la “ecuación personal”, se hace tan fuerte que produce el error.

Como el cerebro puede tener una particular tendencia ante la sensibilidad que le produzca un determinado símbolo, induciéndolo a error, otro símbolo puede corregir dicho error. Las diversas cualidades del hombre se simbolizan en los planetas, y cuando se conocen dichas relaciones entre hombres y planetas, se pueden utilizar los símbolos planetarios para superar los errores, de acuerdo a la cualidad que se le atribuye a cada uno de ellos. El error podría ser que las visiones estuvieran compuestas meramente por la memoria.

En este caso, cuando sospeche que la experiencia es simplemente un producto de la memoria, ponga ante cada imagen percibida una letra Tau blanca y brillante, pues ésta es el símbolo del sendero de Saturno, “El Gran Uno de la Noche del Tiempo”, cuya soberbia y sólida influencia hará que la memoria desaparezca. Similarmente, utilice la Beth de Mercurio, cuando se sienta engañado por el intelecto; Daleth de Venus, para eliminar la vanidad; Gimel de la Luna, para las fluctuaciones mentales; Resh del Sol, para las ilusiones producidas por el orgullo; Kaph de Júpiter, para combatir la imaginación; y Peh de Marte, contra la venganza y el odio, etc.

 

Pratica da G.’.D.’.

Postado por Fr Gemini.’.